Mudança climática! Catástrofes naturais!
O planeta necessita de mais e mais consciências pró preservação ambiental .
Nesse contexto, a Educação Ambiental é o instrumento mobilizador de maior força e eficácia para minimizar as ameaças e danos antrópicos.
Desde Tbilisi, em 1972, as ações de EA são adotadas por muitos países, quer desenvolvidos, quer em desenvolvimento, como política governamental importante para os diferentes governos.
No Brasil não foi diferente, desde 1975, logo após Tbilisi, criou-se a SEMA – Secretaria de Meio Ambiente, vinculada à Presidência da República um dos órgãos que, em 1989, originou o IBAMA, junto com a SUDEPE, SUDHEVEA e IBDF.
Os projetos de EA das duas instituições, SEMA e IBAMA, foram implantados para envolver os diversos segmentos sociais nas ações de preservação da biodiversidade dos biomas brasileiros , e das demais riquezas naturais.
Portanto, desde que a comunidade internacional despertou para a questão ambiental, há quarenta anos que a Educação Ambiental é utilizada como processo eficaz e importante para transformar as ações populacionais pró ambiente nos planos local e global.
Nos tempos atuais, é imperativo multiplicar os procedimentos no âmbito da EA e isso é consenso para grande parte das autoridades de muitos governos do mundo , tanto que o tema meio ambiente está presente nas agendas de todos os países de maior ou menor significado ambiental .
Hoje, o clima e a biosfera estão ameaçados. Os países sabem que é urgente a mobilização massiva para que o planeta tenha alguma chance de reverter o processo em curso: grandes catástrofes naturais, tsunamis, derretimento das calotas, intensificação das intempéries sobre centros urbanos, etc.
Assim, é preocupante que o IBAMA, instituição oficial do governo brasileiro, cuja responsabilidade é executar as Políticas Nacionais de Meio Ambiente e de Educação Ambiental, apresente tamanho retrocesso.
Para nós, analistas ambientais que atuamos desde os primórdios do IBAMA, é desolador constatarmos que o trabalho, energia e dedicação investidas pelos educadores ambientais desde o início dos projetos de EA foram desconsiderados quando da extinção da CGEAM.
Contudo, esperamos que a sensibilidade e o conhecimento técnico do atual Presidente do IBAMA , Dr Kurt Trennepohl, inicialmente funcionário de carreira do Instituto, reverta essa situação e reinstitucionalize a Coordenaçao Geral de Educação Ambiental.
Assim, apoio os termos da carta aberta dirigida à Exma Sra Ministra do Meio Ambiente.
Vera Lúcia Cavalcante de Souza
Analista Ambiental aposentada
Especialista em Planejamento Ambiental
MSc em Desenvolvimento Sustentável